O Concelho de Guimarães regista em Julho de 2010 cerca de 17.700 pessoas desempregadas.
Pelo menos, os que estão registados no Centro de Emprego, pois, teme-se que o número seja manifestamente superior.
O Distrito de Braga tem neste momento cerca de 53.500 pessoas sem emprego, o que significa que só em Guimarães residem 1/3 dos desempregados, ou seja, 33 %.
A taxa de desemprego em Guimarães é superior em 4,9 pontos percentuais, da taxa de desemprego nacional, sendo em Guimarães de 15,7 % e a nível nacional de 10,8 %. resultando numa taxa superior à média nacional em 45 %.
O Concelho de Guimarães caracteriza-se por um sector primário abandonado, em muitos casos de subsistência e atrasado.
O sector secundário, grande impulsionador da criação de emprego e de riqueza durante muitos anos, caracteriza-se agora por um sector fragilizado, sem capacidade de competir internacionalmente, sem investimentos que conduzem à inovação e à diferenciação de produtos, sem um golpe de génio, com alguns empresários inadaptados a novos tempos.
Demasiado dependente da industria têxtil, que sofre de dois grandes males, falta de capacidade de reconversão, e a injusta concorrência internacional baseada no dumping social.
Uma grande falta de capacidade para atrair investimento estrangeiro de qualidade, gerador efectivo de emprego, e perene no tempo.
O sector terciário, caracteriza-se por um comércio na vertigem do encerramento, com fôlegos extemporáneos por programas ocasionais do QREN, sujeito a uma cada vez maior concorrência das grandes superficies. Já são duas em Guimarães.
A actividade turística subaproveitada, tendo em conta o potencial histórico, património mundial, na perspectiva de segmentação turística, para um turísmo mais paisagístico e cultural, feito de turistas com maior poder de compra, a ver vamos capital europeia da cultura.
Concelho de empresas pobres e empresários ricos, sociologicamente, existe uma nefasta característica eivada em algumas camadas da população, da necessidade de exteriorização de sinais de riqueza, como afirmação de status social, na falta de mais valias verdadeiramente mais relevantes.
Uma Câmara Municipal amorfa arrogante e acomodada, gerindo ao sabor do momento, numa perspectiva de "Pão e Circo" bem ao estilo de antigos imperadores romanos, como são as festas Gualterianas.
Burocrática, pejada de "Jobs for the Boys" egocêntrica, basta para isso comparar o nível de investimentos nas freguesias mais urbanas, com as freguesias mais longínquas do centro do Concelho.
Sem capacidade de modernização, sem capacidade de pensar novos processos, novas formas de administrar a coisa pública, cometendo erros estratégicos, já seguidos a nível nacional, como por exemplo, as PPP, Parcerias Público Privadas.
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