domingo, 29 de agosto de 2010

Actualidades - Desemprego em Guimarães

O Concelho de Guimarães regista em Julho de 2010 cerca de 17.700 pessoas desempregadas.
Pelo menos, os que estão registados no Centro de Emprego, pois, teme-se que o número seja manifestamente superior.
O Distrito de Braga tem neste momento cerca de 53.500 pessoas sem emprego, o que significa que só em Guimarães residem 1/3 dos desempregados, ou seja, 33 %.
A taxa de desemprego em Guimarães é superior em 4,9 pontos percentuais, da taxa de desemprego nacional, sendo em Guimarães de 15,7 % e a nível nacional de 10,8 %. resultando numa taxa superior à média nacional em 45 %.
O Concelho de Guimarães caracteriza-se por um sector primário abandonado, em muitos casos de subsistência e atrasado.
O sector secundário, grande impulsionador da criação de emprego e de riqueza durante muitos anos, caracteriza-se agora por um sector fragilizado, sem capacidade de competir internacionalmente, sem investimentos que conduzem à inovação e à diferenciação de produtos, sem um golpe de génio, com alguns empresários inadaptados a novos tempos.
Demasiado dependente da industria têxtil, que sofre de dois grandes males, falta de capacidade de reconversão, e a injusta concorrência internacional baseada no dumping social.
Uma grande falta de capacidade para atrair investimento estrangeiro de qualidade, gerador efectivo de emprego, e perene no tempo.
O sector terciário, caracteriza-se por um comércio na vertigem do encerramento, com fôlegos extemporáneos por programas ocasionais do QREN, sujeito a uma cada vez maior concorrência das grandes superficies. Já são duas em Guimarães.
A actividade turística subaproveitada, tendo em conta o potencial histórico, património mundial, na perspectiva de segmentação turística, para um turísmo mais paisagístico e cultural, feito de turistas com maior poder de compra, a ver vamos capital europeia da cultura.
Concelho de empresas pobres e empresários ricos, sociologicamente, existe uma nefasta característica eivada em algumas camadas da população, da necessidade de exteriorização de sinais de riqueza, como afirmação de status social, na falta de mais valias verdadeiramente mais relevantes.
Uma Câmara Municipal amorfa arrogante e acomodada, gerindo ao sabor do momento, numa perspectiva de "Pão e Circo" bem ao estilo de antigos imperadores romanos, como são as festas Gualterianas.
Burocrática, pejada de "Jobs for the Boys" egocêntrica, basta para isso comparar o nível de investimentos nas freguesias mais urbanas, com as freguesias mais longínquas do centro do Concelho.
Sem capacidade de modernização, sem capacidade de pensar novos processos, novas formas de administrar a coisa pública, cometendo erros estratégicos, já seguidos a nível nacional, como por exemplo, as PPP, Parcerias Público Privadas.

sábado, 28 de agosto de 2010

Economia - Economia uma Ciência Ética

Um cumprimento a todos, neste artigo inaugural sobre E(e)conomia.

"Economia para quê? "

Existem duas abordagens fundamentais... aqueles que lutam por uma Economia como uma espécie de parente pobre das ciências exactas. Desde 1776 temos vindo a aturar os devaneios de Adam Smith, David Ricardo, Leon Walras, Milton Friedman e peço desculpa aos inúmeros outros sonhadores que me esqueci, que postulam nas diversas vertentes da teoria clássica a racionalidade e certeza dos agentes económicos.

Aqueles que assumem a Economia num lugar de destaque nas Ciências Sociais, imprevísivel, não ergódica, com as falhas inerentes à condição humana e à racionalidade condicional do ser humano... e por isso, acima de tudo, humanista... igualitária... simples... prática... e adaptável ao mundo real. Esta é a economia de John Maynard Keynes, Paul Davidson, e com alguns reparos, Paul Samuelson, Paul Krugman, entre muitos outros.

É a Economia que serve as pessoas, e não se serve das pessoas, é a Economia que pensa no curto prazo, porque o longo prazo estaremos todos mortos..."a não ser os vampiros de Wall Street"... é a Economia que luta, que estuda, que sugere hipóteses de Pleno Emprego... em Políticas expansionistas auto sustentadas, que valor mais alto poderá ter a Economia senão lutar... repito lutar por uma sociedade de Pleno emprego...

É a partir desta base de pensamento que debitarei para este blogue as minhas ideias, no seguimento genético de muitos outros, com a exacta percepção que a Economia é uma Ciência Social, Humanista, Ética, Imprevísivel, com defeitos e virtudes, como qualquer outra "coisa" produzida pelo Ser Humano...