Mais do que Escolas do Pensamento Económico, a Ciência Económica como tal, é colocada em prática por pessoas, que por sua vez usam o título de políticos.
Esses políticos pelas ideias que transportam e transmitem, a sua capacidade de as colocar no terreno, faz desenvolver aquilo que chamamos commumente de economia.
Os políticos que temos elegido recentemente não se compaginam com aquilo a que poderíamos chamar de "homens para o povo", pois raramente são homens do povo.
Alimentam-se de redes de contactos, de favores transitados e de uma ignorância extrema. Renegam ou simplesmente desconhecem a sua mais importante função, Estadistas.
Um estadista imbuído de uma pureza aristotélica democrata, que não esteja dependente de poderosos grupos de interesse, que seja isento e imparcial, que se preocupe realmente e genuinamente com os 14% de desempregos, com o aumento das desigualdades sociais e com sinais alarmantes de fome, etc.
Que saiba junto das instituições europeias ter a coragem de saber dar um murro na mesa, por mais pequeno seja o seu país, que saiba dizer não aos mercados, que critique com aspereza, convicção e sapiência todos aqueles que possam, e pretendem denegrir o princípal sustentáculo de uma sociedade; o Estado de Direito, Constitucional e Livre.
Assim, um estadista deve ter uma noção humanista da democracia, ser independente, corajoso, e possuir um conhecimento vasto sobre os mais variados temas.
Não vejo nada disso neste governo. O discurso de Passos Coelho é confrangedor de tanta má qualidade, um discurso redondo, inócuo nas palvaras. Em suma é aquilo que se costuma dizer "não diz nada". Miguel Relvas, o que dizer sobre Miguel Relvas, parece um simples robô, qual máquina partidária que forma e deforma políticos assim. É o típico discurso do propagandista e oportunista político. Foge das polémicas como o diabo foge da cruz, quando prevê, deve ser o Pontifex Maximo do oráculo, quais entranhas lê, com areia atirada para os olhos dos portugueses.
Vítor Gaspar é o típico tecnocrata, fraco, limitado, sem um rasgo, sem um plano, sem emoções.
O caminho que seguem, é contra os interesses dos portugueses. Aumentam os impostos, mas em simultâneo reduzem os serviços públicos, é como ir a um restaurante num dia, e pagar 10 euros por três suculentos pedaços de picanha, e ir no dia seguinte e pagar 15 euros, não pelos mesmos três pedaços, mas agora por dois.
Não foram os portugueses que delapidaram criminosamente e para as gerações futuras o erário público com as desastrosas parcerias público-privadas.
Não foram os portugueses que inventaram, criaram ano após ano mecanismos de desorçamentação, para atingir custe o que custar metas nas contas públicas.
Não foram os portugueses que criaram um sistema de tachos e panelas, quando mudam as cores políticas, com gestores pagos a peso de ouro.
Não é certamente o investimento que se faz na saúde, na educação, na segurança pública, no apoio às pequenas e médias empresas que colocaram o país nesta situação.
No entanto, não podemos esquecer que são os portugueses que colocam os políticos nas esferas do poder da aplicação prática.
Mas o povo português é sereno....
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